sábado, 3 de julho de 2010

É preciso dar amor

Meu filho está um carrapato. Às vezes acho que ele ainda está preso a mim pelo cordão umbilical. Procuro dar muito carinho a ele, abraço, beijo, ponho no peito quando ele quer ou quando acho que ele está querendo meu afago. E me sinto super bem fazendo isso. Mas confesso que algumas vezes me sinto estressada porque em muitos momentos não consigo fazer coisas simples como pentear os cabelos depois do banho ou até jogar a fralda suja fora depois da troca. Uma loucura. Mas pensando bem, tem muitas coisas na vida que podem esperar, que não são tão importantes quanto dar atenção ao seu filho, que é uma criança e precisa dos seus cuidados. Ouço as pessoas falarem que eu preciso fazer com que ele se desvencilhe de mim um pouco porque senão pode prejudicá-lo no futuro. Nossa! O melhor seria mesmo eu me afastar do meu filho?! De que maneira? Abandonando ele? Porque sou eu quem cuida dele e não tem ninguém para fazer isso por mim. Pelo amor de Deus! Eu só estou dando a ele o meu amor de mãe. Eu disse “amor” gente, há algum mal em dar amor ao seu filho? Eu escolhi ser mãe, então eu tenho que assumir integralmente essa minha nova condição. Vejo e ouço tantas coisas ruins acontecendo entre os humanos e, sinceramente, penso que falta amor entre as pessoas. E o amor começa em casa. São os pais os grandes precursores em ensinar aos seus filhos o que é o amor.
Hoje no shopping eu presenciei duas situações distintas. Duas abordagens que podem elucidar o que estou querendo dizer. Na primeira situação, um menino, aparentando ter três anos, chegou de surpresa perto do meu filho e lhe deu um beijo no rosto. Não satisfeito, ele ainda tascou-lhe mais uns quatro beijos. A reação do meu filho de 1 ano foi sorrir. Que linda cena. Minutos depois, estava meu filho a brincar no parquinho do shopping quando uma criança, aparentando ter uns dois anos, virou-se para meu filho e, sem mais nem menos, lhe puxou os cabelos, gratuitamente. A reação do meu filho nessa situação foi chorar. Que triste cena. Diante dessas duas situações, eu me pergunto: Quem será que recebe mais amor em casa? A criança que oferece um beijo ou a criança que oferece um puxão de cabelo? Nós damos o que recebemos. Se recebemos amor, vamos dar amor.

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